O vazio e a plenitude

Em um mundo de brilhos fugazes, caminhei,
Buscando em coisas terrenas o que não encontrei.
O vazio gritou em meio ao ruído,
Ecoando o peso de um coração partido.

Os tesouros do mundo, tão efêmeros e vãos,
Escorreram como areia entre minhas mãos.
"Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro,
Se perder sua alma no abismo verdadeiro?" (Marcos 8:36)

O riso que buscava logo se desfazia,
A festa acabava, restava a agonia.
Coração quebrado, olhos tão cansados,
Preso em prazeres que deixam só fardos.

Sem Jesus, a vida é um deserto sem fim,
Caminho de sombras, solidão sem jardim.
"O meu povo cometeu dois males," diz o Senhor,
"Deixaram-me, a fonte de águas vivas, por cisternas sem sabor." (Jeremias 2:13)

Mas então veio a graça, o Espírito soprou,
Meu coração árido em jardim transformou.
Nas águas vivas da fonte mergulhei,
E na paz de Cristo, enfim, descansei.

"O Senhor é meu pastor, nada me faltará," (Salmos 23:1)
Ele restaura minha alma, me faz caminhar.
O vazio agora é preenchido de luz,
Vivo pelo amor que só vem de Jesus.

Antes, o peso de uma alma perdida,
Agora, a alegria de uma vida remida.
"O fruto do Espírito é amor, paz, alegria," (Gálatas 5:22)
Plenitude que transborda em santa harmonia.

Que o mundo saiba: o que é eterno preenche,
Só o amor do Pai jamais se dispensa.
Pois quem encontra em Cristo o seu lugar,
Nunca mais no vazio irá habitar.