Como sombra pelos mares
Passa o flagelo dos navios
singrando como assombração
Ergue as velas
puxa as cordas
todos sigam as ordens do capitão
Ergue as velas
puxa as cordas
todos juntos eternamente no mar
As sombras do passado diante do mar revolto
espantando os navegantes
fantasmas do tempo já abandonado
A proa a cortar as ondas
e a bandeira negra de ossos cruzados
a balançar no alto do mastro
isso é terror no mar!
Ergue as velas
puxa as cordas
todos sigam as ordens do capitão
Ergue as velas
puxa as cordas
todos juntos eternamente no mar
Somos filhos da guerra
amaldiçoados pelo mar
as águas são nosso túmulo
Bradamos com nossas vozes
nossos lamentos intermináveis
Ergue as velas
puxa as cordas
todos sigam as ordens do capitão
ergue as velas
puxa as cordas
todos juntos eternamente no mar
Somos fortes
somos valentes
somos filhos das ondas do mar
somos o terror dos galeões
somos a peste sobre as águas
somos os fantasmas dos pesadelos das donzelas
ergue as velas
puxa as cordas
todos sigam as ordens do capitão
ergue as velas
puxa as cordas
todos juntos eternamente no mar
Os relâmpagos devoram os céus
anunciando nossa chegada
guardem o ouro
puxem as cruzes
rezem por suas vidas
nesta noite de horror
ergue as velas
puxa as cordas
todos sigam as ordens do capitão
ergue as velas
puxa as cordas
todos juntos eternamente no mar
o vento uiva como um lobo faminto
a tempestade se avizinha
de longe surge uma sombra
a madeira negra
uma estátua de uma mulher vestida de morte na proa
gritos de terror
na noite que todos querem
esquecer
a noite é a mãe do desconhecido
ergue as velas
puxa as cordas
todos sigam as ordens do capitão
ergue as velas
puxa as cordas
todos juntos eternamente no mar
um navio preto de bandeiras negras
pelos mares a singrar
- Autor: kleisson ( Offline)
- Publicado: 11 de janeiro de 2025 09:26
- Categoria: Conto
- Visualizações: 4
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