O Peso das Escolhas

No vasto palco da vida a brilhar,
Caminhos surgem, prontos a nos chamar.
Entre becos tortuosos e retas tão claras,
Somos moldados? Ou criamos nossas caras?

O vento do mundo sopra sem parar,
Me empurra, me guia, insiste em moldar.
A voz das ruas, a pressão da multidão,
Serei eu, ou apenas uma criação?

Os olhares alheios, as sombras do passado,
Refletem no espelho o rosto marcado.
Mas se o meio nos fere, tenta nos prender,
Por que, então, ainda podemos escolher?

Não é o molde que dita o destino,
Nem as pedras que cruzam o caminho.
São as mãos que traçam no barro a verdade,
Escolhas feitas com plena liberdade.

Pois o mundo grita, tenta nos comandar,
Mas a alma é livre, e pode voar.
E mesmo que o meio plante sementes,
É no coração que surgem os valentes.

Afinal, o que importa, o que nos refaz,
É o poder de dizer: "Vou seguir mais."
Cada escolha desenha quem somos no fim,
E o meio? Apenas um eco... enfim.