MASOQUISMO

Maximiliano Skol



         MASOQUISMO

Não sei se da saudade vem loucura,
Se por ela possa eu próprio ser-me louco
Se lágrimas vertidas dão-me a cura
Se aumentam inda mais o meu sufoco

Difícil... se de alguém tanta ternura
Esvai-se de surdina e tampouco
Sem ter adeus, nenhum' alma  segura
A sua solidez, pois perde o seu reboco.

Assim tornei-me triste... Ninguém sabe,
Ninguém que possa arcar meu sofrimento
Sem que sua própria alma não desabe...

E sofro e choro e lágrimas derramo
Que imitam masoquismo— este lamento
Tornou-se, enfim, prazer por quem mais amo.

Tangará da Serra, 09/01/2025

  • Autor: Maximiliano Skol (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 11 de janeiro de 2025 00:20
  • Comentário do autor sobre o poema: Ninguém é capaz de interpretar a canção Louco tão bem como o Francisco Alves.
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 13


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.