Bem Vindo

Flavio Eduardo Palhari

BEM VINDO

seja bem vindo

a minha cabeça é a sua oficina

estou aqui jogando cartas com os meus demônios

você já os conhece bem 

além do mais me desculpe a bagunça

eu sei que as minhas ideias são  um lixo

não tive tempo de arrumar todas as gavetas de memorias

só que eu sei que você já me conhece bem

seja bem vindo

eu sei o tanto que você me procurou

agora estou aqui blefando para os seus demônios

eu vejo você sorrir

não tenho mais o que perder nessa mesa

nada de valor em meus bolsos e nada de valor ao redor

você me vê e sorri

percebo só agora que o vazio tomou conta e o medo foi embora 

ás vezes só o medo nos mantem vivos nesse mundo

eu sempre senti sua respiração em minha nuca e nunca quis dizer

seja bem vindo

nem feche a porta ao entrar

sim, você me vê sorrir

eu sei que você saltou e não caiu do céu como dizem

e eu , eu nunca mereci o céu  

Flávio Eduardo Palhari

  • Autor: Flavio Eduardo Palhari (Offline Offline)
  • Publicado: 10 de janeiro de 2025 09:15
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 16
Comentários +

Comentários2

  • Sergio Neves

    SERGIO NEVES - ...uma "benvindez" saudada em meio a surrealidades mil...,...um mix de sentimentos a expressar íntimas verdades e angustiazinhas ditas quase que como num brado: -"venha,...fique,...mas não se assuste, esse sou eu!"...,...pra lá de interessante e envolvente essa tua inspiração! /// Abçs.

  • Lucas Guerreiro

    Gostei do seu poema, Flavio. Essa ideia de entre, não se assuste, desculpe a bagunça, que você tirou de um contexto diário, corriqueiro, comum, que você extraiu tão bem das visitas aos lares e a aplicou a uma visita de um ser pessoal. Acabei me identificando.



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