Não sei viver no meio-termo,
ou sinto ou não sinto,
ou mergulho no fogo,
ou nem me aproximo da chama.
Não aceito gotas de emoções,
preciso de tempestades,
mesmo que sejam feitas de miragens.
Histórias mornas não me cativam,
Paixões sem chama? Nem pensar.
Quero gente que grite a vida,
que me olhe nos olhos e diga tudo,
antes, durante e depois.
E se faltar coragem,
que ao menos me encantem com mentiras brilhantes,
daquelas que fazem a alma sorrir,
mesmo sabendo que não há chão debaixo dos pés.
Sou uma sonhadora insaciável,
uma mente que inventa mundos,
e por vezes se perde no que imagina.
E sim, erro.
E sim, peço desculpa,
mas detesto quando a razão arranca-me do meu voo.
Quero viver grande,
amar ao limite,
odiar com fúria,
rir até doer,
chorar até secar.
Quero o tudo ou o nada,
o eterno que se desfaz,
o fugaz que parece infinito.
Não importa se é real ou ilusão,
só precisa pulsar, vibrar, incendiar.
Convencer-me, nem que por um instante,
de que o impossível é possível,
mesmo quando sei,
no fundo da minha alma,
que o para sempre
é apenas o eco de um agora.
Amarilis Noturna (Pseudónimo)
Autora: Maria Helena Horta
Direitos de Autor Reservados
Autora: Maria Helena Horta
Direitos de Autor Reservados
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Autor:
Amarilis Noturna (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 9 de janeiro de 2025 15:37
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 7
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