Considero-me um ator novato com a carência de palco e platéia,
trazendo a cada ato executado um contexto de recentes ilusões.
E do pouco que sei desta vida apresento leigas lições,
numa atuação nobre de escárnio de um bufão privado a infelicidade.
E observo daqui, o findar de um dia no ócio de acontecimentos danosos
e no mesmo instante me levanto, a fim de abrir a janela sobre uma ação de repúdio
Apreciando a placidez da lua num reconforto d'alma,
onde a solidão decifra a materialidade em períodos modernos de vida.
Começo a olvidar os prelúdios da dor em meio as cicatrizes que o tempo evidencia,
Somente pago os meus tributos ao mecanismo que controla os meus passos;
apesar disto, ainda ando sendo cobrado pelos sonhos que idealizei sem conclusão alguma.
Sou o andarilho das intempéries que transpõe as incertezas,
Mas deixo ao céu deste momento efêmero a minha declaração final:
o prosseguimento da profissão dos meus dias, como um rito de bravura.
- Autor: M.Dantas (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 27 de julho de 2020 22:54
- Comentário do autor sobre o poema: Apenas uma divagação sobre a totalidade pensativa que carrego comigo.
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 13
Comentários2
Bela reflexão poeta! A solidão em determinado momentos de nossa vida, é fonte criadora que o Universo nos entrega de presente para nos recarregar com boas energias! Estamos nessa caminhada juntos, a busca de ser melhor a cada amanhecer. Escrever, ouvir ou tocar música, pintar uma tela, observar o céu estrelado com uma lua prateada, conversar com um cão, com uma planta...Tudo isso nos mostra bons caminhos para conquistarmos serenidade e acalmar a alma! Aplauso pelos teus escritos!
Realmente Helena! Exercitar a mansidão através dos artifícios da simplicidade é um passo admirável, para exercitar a longanimidade acima de tudo. Agradeço pela sua leitura!
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