NO
Tantas ambiguidades e ambivalências
acompanha-nos por esta plural vida,
cheia de armadilhas, conflitos e perdas,
viajando entre o passado o presente e o futuro...
O que me amofina é a presença do passado,
ao longo das noites de insônia, sempre presente.
Colhi pouco desse passado cheio de lacunas.
Tampouco quero saber do futuro. Que futuro?
Se me perdi por caminhos tortuosos,
se me desfiz de amores incertos, vadios,
se me deixei levar por sonhos imprecisos...
Não ficarei aqui a lamentar esse passado de lacunas.
Minha casa, o meu chão é esse, é o agora!
Debruçado nesses dias, nessas esquinas, nessas escolhas,
desfaço projetos, amores, promessas e impulsos.
Vivo dos pequenos prazeres que a vida me oferta!
Errei nos caminhos percorridos! Quem não errou?
O que faço agora é amanhecer, entardecer, anoitecer...
Deixar que a vida me embale no presente que me resta,
sem presságios, angústias, despeitos, sorvendo o ar de cada dia....
Perdoe-me esse reducionismo, mas é o que sinto!
Essa abordagem pode ser anacrônica, insípida, desmedida.
É o retrato dos meus sentimentos, da minha passionalidade...
- Autor: JTNery (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 29 de dezembro de 2024 18:03
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 7
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