Enigmas invisíveis

matteeusbarros

Recebo tuas mensagens em vultos corriqueiros

Carregando teu choro em plasma

Ainda que constantes os paradeiros 

Se fazem presentes, infelizmente

Presentes em lembranças e na falta de paz

Distante do fio que me liga ao real

O amargo em meus ouvidos se faz o tom natural.

 

Insolucionável é pra mim a falta de nós dois 

Me fazendo assim cativo em tristeza

Queria ainda caminhar e servir ao vento lágrimas

Chegando a ser o louco, a falar sozinho

Mas tu me respondes em enigmas invisíveis.

 

Conversamos por todas as noites, e discutimos pelas manhãs

Refazendo pensamentos e palavras de afoite

Retardando assim o fim do sofrer

Revivendo todas as cenas de amor e ódio

Relembrando tudo aquilo que deixamos de viver.

 

Me conte os atalhos, por onde você escapou

Me encontre na esquina daquele último olhar

Distante da alegria que eu fingiria receber 

Onde tu me aceitas por ser, e não por estar.

  • Autor: matteeusbarros (Offline Offline)
  • Publicado: 29 de dezembro de 2024 12:57
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 12
  • Usuários favoritos deste poema: Arlindo Nogueira


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