A MORTE DO POETA

Fabricio Zigante

Quando chegado o meu dia de partir, ai de mim!
Quando está penosa vida chegar ao fim
Se de amor um dia vier eu a morrer
Haverá quem não irá em tal notícia crer
Já que se diz que não se morre de amor
Ainda que eu viva sem suportar tal cruel dor.
De amor creio que provavelmente eu morra,
Pois não há felicidade que me socorra.
Por uma paixão que sinto por uma ilustre dama
Por quem o coração palpita em ardente chama!
Com meu doloroso peito em lagrimas afogando
Com a imagem dela em mente morrerei sonhando!
Ah, delírios tantos em doloso velório me vejo!
Ao negro traje do fúnebre cortejo,
E sinto queimar ainda o pavio das velas
Que se acendiam — quantas eram elas!
E tua santa imagem comigo, ó doce dama, eu levarei
No momento em que moribundo de amor repousarei!
E no amargor de meu triste leito
Carregarei ainda a profunda paixão no peito!
E que não me tenha notado o sentimento,
Carregarei para o túmulo também o profundo lamento.
Das lembranças dos derradeiros caminhos
Da vida que passei sem ter tido da dama os carinhos!
Na esperança de Deus lhe dar conforto
Repousará em seu leito o pobre poeta morto!

  • Autor: Fabricio Zigante (Online Online)
  • Publicado: 23 de dezembro de 2024 14:34
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 5
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