Digo que não...
Mas eu tenho...
Farto de pão...
Ando faminto...
Digo verdades...
Também muito minto...
Sou aquele do espelho...
Nem de todo bom...
Nem de todo mau...
Nem perfeito...
Nem amoral...
Trago comigo...
O desejo do que digo...
O tempo me rói...
E faz-me embaraçar...
Mas nunca desisto...
De poder sonhar...
Entre a vida e a morte...
Há apenas um simples fenômeno...
Sem saber o que seremos...
Sabemos o que fomos...
Aventura prolongada...
Da lágrima que rola...
De quem se deita com o inimigo...
Contando as horas...
Eu não bebo ambrosia em taças cristalinas...
Bebo um vinho qualquer...
Acompanhando-me a fantasia...
Disfarçando um sofrer...
Procuro-te...
Clamo por ti...
E o teu nome me ilumina...
Eu sei que há diferenças...
Mas não quando se ama...
E isso é o que me facina...
Antes certo...
Do que errado...
Melhor o silêncio...
Do que perder o passo...
Mas se erro...
Corrijo no ato...
Então assim me entrego...
Surpresa e não surpresa...
Vamos e vimos...
Na delícia nua da inocência...
Sou assim...
E assim eu vivo...
Sandro Paschoal Nogueira
- Autor: Sandro Paschoal Nogueira (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 19 de dezembro de 2024 22:55
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 7
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