Dedicado a ela.

Eu errei.

Meus erros, meu orgulho, minhas inseguranças, minha postura de aço e minhas escolhas...

Me desfiz, me desfiz de corpo e alma, me arrependi e mudei 

Mas era tarde...

Eu errei.

Cuide para não precisar apreciar de longe o que tinha por perto.

Meus versos, curtos e rasos, como ando ultimamente.

Eu errei.

O peito dói, a cabeça pesa, o corpo padece.

Padece no quarto, a madrugada toda, quarto de culpas, lamentos e pensamentos.

Mais ei de ser forte, porque preciso viver estando a sobreviver, e tem boca nas ruas e favelas que precisam da minha luta para comer.

Também perdi peso, ganhei olheiras mas fiz belos, singelos e sinceros poemas.

Tenho fé 

Fé que um dia tu voltarás e eu farei tudo o que não fiz, por medo, insegurança e orgulho.

"Dizem que sou louco por eu ter um gosto assim..."

Meus esforços, meus trabalhos, meu dinheiro, meu nome, meus planos, projetos, tudo exige meus braços mas quero também descansa-los.

Grandes conquistas realizadas e algumas por descuido, perdidas.

Eu errei.

Minh'alma celebra a tua

Nos momentos, nas cachoeiras, nas músicas deitados juntos no quarto, nas loucuras, nos chocolates e por ai.

Quero pô-la nos meus universos novamente.

Mas não posso procurar-te porque proibiu-me, e devo, com dor, a respeitar.

Não foi por mal, sabes disso.

Não posso recorrer mais a ti nas saudades e na sofrência porque quando tu sofria, sozinha, conseguiu de forma própria curar-te.

Só quero, como no início, meus olhos aos teus.

Que a minha saudade, mágoa e culpa, passe.

Que o sentimento e arrependimento, fique.

E que o meu amor chegue ao teu novamente.

Eu errei.

"Eternamente".