Talvez minhas palavras de nada valham.
Já que a ele quero dedicá-las.
Sempre me perguntei o quanto que, aquele dia, compraram.
Não poderia inventar algo mais plausível do que ter estado no mercado por seis horas?
Costumava pensar que seu pseudônimo era um sinal, que você seria minha grande estrela.
Esses dias me veio a clareza de que era justamente o oposto.
Ele devia saber, mas não quis deixar chato, aposto.
Que nunca poderia alcançar sua luz, aquela que deixa minha pele amarela.
Ainda bem que não te esperei.
Que fui ver o filme do ano sozinha.
Imagina a frustração em saber que, por já não estar mais em cartaz, nunca o verei.
Ainda bem que não fui, como o de costume, tão boazinha.
Não vejo sentido em me esconder do sol, mesmo se o quisesse, sempre me acha.
Quanto mais o deixa entrar, mais percebe que ama brilhar.
Não trocaria por nenhuma sombra, minha cor de nata.
- Autor: jubatsophia (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 17 de dezembro de 2024 22:42
- Comentário do autor sobre o poema: Apesar de tudo obrigada por ter me ajudado a amar minha cor de sorvete de nata :)
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 9
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