CASTELOS DE AREIA

Grupo Poético Spell

CASTELO DE AREIA 
 
Naquele vai e vem do amor
frágil a sensação, sussurrava
tom a tom e então sonhava
cada emoção, ali a compor 
 
Mas, mesmo frágil, imaginava
a obra, grão a grão, tão maior
e se com inquietação, o ardor
crescia no peito, e suspirava! 
 
Assim, aquela paixão nervosa
criava ilusão, também, prosa
enredando a alma numa teia 
 
 E, no devaneio de um encanto
Tanto, tanto, e que, no entanto,
veio o acaso e talou o castelo de areia. 
 
(Luciano Spagnol - poeta do cerrado)
 
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NOSSOS CASTELOS FRÁGEIS DE AREIA 
 
"O amor é uma chama 
que ilumina nossos passos,
um fio invisível que une nossos destinos.
Erguemos sonhos, castelos frágeis de areia,
com as mãos trêmulas da esperança,
sonhando com um mundo onde a beleza é sólida,
onde o tempo não desfaz o que construímos. 
 
Em cada grão, uma promessa,
em cada torre, a ilusão de um amanhã eterno.
Como crianças, acreditamos 
que o vento será suave,
que a tempestade passará,
que a maré jamais virá. 
 
Mas o destino, com sua brisa silenciosa,
leva tudo o que parecia imbatível.
Não é o sonho que falha,
mas a areia, que oculta a fragilidade da verdade. 
 
Quantas vezes erguemos castelos vazios,
alimentados pela esperança de algo duradouro,
mas enraizados na fragilidade do que se desfaz?
O amor não pode ser areia,
pois ela esconde a mentira nas suas margens. 
 
É na rocha que encontramos a resistência,
na pedra que brota a verdadeira força,
a sabedoria, firme e inabalável,
o amor, profundo como a terra 
que sustenta a vida.
E quando os ventos são fortes,
quando os céus se abrem em tempestade,
não há queda, não há desmoronamento,
pois os castelos de pedra resistem,
alicerçados na paz interior. 
 
Não basta sonhar, é preciso construir 
com o que é profundo e invisível,
com a solidez da verdade que não se vê,
mas que se sente em cada palavra e gesto.
Os castelos de areia são efêmeros,
mas os castelos feitos de rocha
são aqueles que o tempo não apaga."
       
         (Sezar Kosta)
 
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CASTELO DE AREIA 
 
Aos poucos foi caindo 
Meu castelo de areia 
Construir sobre minhas ilusórias convicções 
Levou minha paixão e por consequência 
foi junto um sorriso 
Aquele do tipo que sonhamos que fique.
Aqueles sonhos foram soterrados 
Quem olha nem vê os restos 
De todo modo, acho bom deixá-los 
Confesso que por dias fiquei lá 
olhando com a pá e o carrinho 
Pensado se os levava comigo 
Mas logo caiu a ficha, 
que aqueles sonhos 
não combinam mais comigo 
E nem com a planta do novo castelo 
A areia quase me sufocou 
Lutei contra a queda do meu castelo 
Engoli o choro . Foi desesperador !
Quase morri 
Talvez foram os alicerces
Não cavamos tão fundo 
Acredito que faltou 
umas 5 sacas de convicções 
Mas três ferrages de escolha 
E um Malheiro de certeza 
Isso tudo me arrancou muitas lágrimas 
Mas, enfim...Já sei onde errei, 
vou reconstruir. 
 
         (Tiagocristão Santos)
 
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MEU CASTELO NA AREIA 
 
Sonhei... Nas  praças via-te e nas ruas,
Mantinha-te na alma assim presente:
Percebia em passantes fácies tuas,
Como um louco vivi por ti somente!! 
 
Como ilusões senti!...inda insinuas
De vez em quando aquele amor latente
Porém, de ti aquelas falcatruas
Tornaram meu amor de ti descrente. 
 
Ruiu a minh' estrutura de ilusões,
Talvez algo faltasse...E a mim confirme
(O aviso que se prega em sermões) 
 
E que na Bíblia esteja a quem a leia:
Pois em vez de escolher a rocha firme
Construí meu castelo em plena areia... 
 
         (Maximiliano Skol)
 
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       É DOCE RECOMEÇAR 
 
Com mãos pequenas, moldo o instante,
grãos que dançam no sopro errante.
Ergo torres, muros, sonhos vãos,
em reinos frágeis, feitos de mãos. 
 
O mar, atento, espreita em segredo,
com seu abraço dissolve o enredo.
Mas não há choro, só riso e graça,
pois na areia a vida sempre se refaça. 
 
Ergo um reino à beira do mar,
onde sonhos vêm repousar.
Cada grão, história moldada,
uma promessa breve, delicada. 
 
Minhas mãos pequenas são gigantes,
construindo torres e instantes.
Ainda assim, volto a criar,
pois na areia, é doce recomeçar.
 
             (MELANCOLIA)
 
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CASTELOS DE AREIA 
 
No fim do ano se vê
Planos feitos na ilusão,
Mas sem ação, sem razão,
Não fizeram acontecer
Quem só planeja e, não crê,
Na força do seu labor   
 
É um procrastinador 
 
Os castelos são de areia 
 
Torna a coisa muito feia 
 
Sejas, pois, um FAZEDOR 
 
        (Dr Francisco Mello)
 
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CASTELO DE SAL E AREIA 
 
O que dividiu nosso caminho,
Fez no rebojo um torvelinho,
De águas tantas pra te levar
Deixou-me só, na contraveia
Sob um castelo de sal e areia
Sem sonho algum pra acreditar 
 
A tempestade, os vendavais 
Deixaram marcas por todo cais
Que nem o tempo vai apagar
A cor celeste sumiu do céu 
Só a saudade, amiga fiel
Inspira sonhos dentre'os corais 
 
As fantasias têm multi asas
Navegam fundo em águas rasas
Constroem muralhas sem planejar
Até que um dia as correntezas
Se arremessam nas fortalezas
E pouco basta pra as derrubar 
 
A esperança vai adequar 
Às nostalgias dessa poesia
Toda candura do azul do mar
Se por essas ondas talvez um dia 
O meu amor para mim voltar 
 
Por mais que possa lhe esperar
E tal ventura nunca se der
Peço às ondas, pra me levar 
Aos braços dela, se me quiser
Como as ondas voltam pro mar
 
     (elfrans silva)
 
 
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Comentários2

  • Grupo Poético Spell

    Meu abraço e o meu carinho aos poetas que abrilhantaram este desafio poético. Falar sobre sonhos e experiências que não chegaram a se concretizar, ou que não resistiram muito tempo sofrendo as intempéries da vida, ou ainda que custou- nos um árduo recomeço pois, afinal era tudo que queriamos na vida, é sofrido reviver os passos. Contudo, coisas que não se apagam da memória acabam convertidas em histórias. É assim para o poeta. O resultado tem saudades, lágrimas e um coração mais leve ao seu final.
    PARABÉNS POR ABRIREM SEUS CORAÇÕES E AS SUAS MENTES.
    Estar convoco nesse mesclado é gratificante.
    - Abraços fraternos amigos

  • Sezar Kosta

    Queridos poetas do Grupo Poético Spell,
    Fico encantado com a beleza e profundidade que vocês nos oferecem com suas palavras! Cada poema é um convite ao mergulho nas emoções mais sinceras, e a forma como todos exploram a fragilidade dos castelos de areia, com tanta sensibilidade, é de tirar o fôlego. Sinto orgulho de estar com vocês
    Luciano Spagnol nos leva a essa dança delicada entre o amor e a ilusão, com um tom suave que nos toca a alma. Eu, Sezar Kosta, com minha visão de amor resistente, tento ensinar que, apesar da fragilidade, o que vale a pena construir é sólido, como uma rocha. Tiagocristão Santos nos compartilha uma dor visceral, mas ao mesmo tempo, a coragem de reconstruir — uma lição de vida cheia de força e vulnerabilidade. Maximiliano Skol, com seu olhar atento, mostra como as ilusões se desmoronam, mas também como a verdade se revela nas ruínas.
    Melancolia, com uma doçura encantadora, nos faz perceber a beleza do recomeço, sempre possível, sempre necessário. E Dr. Francisco Mello, com um olhar pragmático, nos lembra da importância da ação e da fé no nosso próprio trabalho. Por fim, Elfrans Silva nos transporta para um mar de saudades e esperanças, onde o amor, mesmo distante, ainda inspira.
    Cada um de nós tem um talento único de capturar o efêmero e o eterno, o sonho e a realidade, e transformar isso em poesia que ressoa fundo. Parabéns a todos pela entrega, pela sensibilidade e pela beleza das palavras. Continuem encantando o mundo com essa arte tão preciosa!



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