O Amor que Me Acolheu

Metamorfose


Aviso de ausência de Metamorfose
NO

Era eu, ainda criança, quem me abraçava,
Na solidão de um mundo que me ensinava
Que amar era errado, que o amor era dor,
Mas algo dentro de mim sussurrava: “É só amor.”

Quando o medo veio, com o frio na barriga,
E o olhar alheio trouxe insegurança antiga,
Eu, com minhas mãos, me amparei,
Porque ninguém mais sabia o que eu escondia, ninguém via o que eu carregava.

Eu sabia que amava mulheres, mas calava,
O amor se escondia, o medo me afastava.
Eu pensava que, se amasse, seria errada,
E afastei o amor como uma sombra indesejada.

Mas fui aprendendo a me ouvir em silêncio,
A acolher a dor, a curar o sentimento.
O amor não é um erro, não é uma prisão,
É coragem, é liberdade, é a voz do coração.

Amar é ter coragem de ser quem sou,
É olhar para dentro e ver o que restou.
E quando me acolhi, ao me aceitar,
O amor floresceu em mim, sem precisar mais se esconder.

Eu fui quem me deu colo, quem me abraçou,
Eu fui quem entendeu o que o mundo calou.
Hoje, ao me olhar, vejo o que sou capaz:
Amar não é errado, amar é paz.

E assim, na minha jornada de autoencontro,
Eu aprendi que o amor começa de dentro.
O amor é o que sou, o que sou em liberdade,
E ao me acolher, encontrei a minha verdade.

 

  • Autor: Metamorfose (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 13 de dezembro de 2024 21:14
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 8


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