A perna da cadeira
Entortou.
A borracha da torneira
Relaxou.
A resistência do chuveiro
Queimou.
Tá tudo fora do lugar
A roupa esparramada pelo chão.
A toalha molhada debruçada no colchão
As pilhas do relógio sem tesão.
Tá tudo embaraçado
A lente dos óculos arranhada
O espelho do banheiro trincado
A camisa social amarrotada.
Tá tudo no concerto.
O pneu da bicicleta
A palavra incerta
A regra gramatical.
Tá tudo "armengado"
O prego no chinelo
O zíper relaxado
A ferida sem sarar.
-
Autor:
Tom Rabellos (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 8 de dezembro de 2024 22:36
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 19
Offline)
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.