O JARDIM DO AMOR

Ainda que eu falasse a língua dos ventos,

ou pudesse entender os murmúrios das estrelas,

sem amor, minha voz se perderia no vazio,

como uma vela apagada no escuro do espaço.

É o amor que transforma palavras secas em melodia,

que converte gestos em abraços que tocam a alma,

e que, silenciosamente, escreve as mais belas histórias

nos corações que se entregam sem medo de ser completos.

Desejo que sua noite seja uma dança suave da lua

sobre águas calmas, onde cada sonho é um farol

que ilumina o caminho para um amanhã sem limites,

onde a luz do seu espírito encontra abrigo naquilo que você ainda sonha.

Não sou a brisa que acaricia sua pele,

nem o orvalho que repousa delicado sobre as flores.

Mas quem sabe, meu sorriso tímido

seja a estrela que guia o seu olhar

ainda que o dia tente apagar sua luminosidade.

Eu não posso prometer uma estrada sem pedras,

nem um horizonte onde o vento nunca sopre forte.

Mas ofereço minhas mãos, abertas como a terra,

prontas para semear uma amizade verdadeira

e colher flores de confiança, de afeto, de luz.

E quando o tempo passar,

espero que, ao olhar para trás,

você veja não os passos perdidos,

mas o jardim que cultivamos,

onde cada flor é um abraço que a vida não pode desfazer,

um espaço sagrado onde a sinceridade floresce

e o amor nunca murcha.