Te entreguei um presente com todo cuidado,
um embrulho modesto, mas de afeto moldado.
No instante em que seus olhos brilharam de curiosidade,
tentei abrir com calma, mas veio a dificuldade.
Mordia o papel com um riso envergonhado,
"É feio rasgar algo que foi dado,"
disse assim, com um toque de humor sutil,
enquanto o embrulho revelava um brilho gentil.
Uma folha branca guardava o segredo,
e sua ansiedade transbordava em um enredo.
Quando viu a moeda, um morcego estampado,
seu rosto iluminou-se, como um sol inesperado.
"Acabei de comprar a imagem,"
disse você, em um tom tão doce e aconchego.
E por um instante, entre mim, você e o mistério,
senti um elo sagrado, um vínculo etéreo.
Abri os braços, e sem hesitação,
você veio, com o coração em explosão.
Seu abraço era magia, calor, e ternura,
um momento único, de pura candura.
Abracei mais, guiado pelo instante,
e percebi você, com carinho radiante.
Seu abraço trouxe uma energia sem igual,
um calor profundo, quase celestial.
Cada fibra do meu ser vibrou em emoção,
uma energia boa inundou o coração.
Vitalidade, ternura, e algo mais além,
um instante eterno que o tempo detém.
Mas o tempo, este mestre que nunca cessa,
nos trouxe de volta à nossa pressa.
Ainda assim, guardei aquele abraço em mim,
como um marco, um começo, um destino sem fim.
E enquanto a moeda com o morcego em sua mão reluzia,
eu só desejava mais momentos de magia.
- Autor: Lua em Libra (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 26 de novembro de 2024 21:39
- Comentário do autor sobre o poema: Que abraço foi aquele, de perder o folego...
- Categoria: Amor
- Visualizações: 2
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