Reflete na lente que fita
A face derramada que compartilha
Constrói a imagem sob a sombra que escraviza
O rosto um mural que anuncia
A identidade manipulada ao próprio paradigma
Emolda a arte quando a plateia solicita
Perspectiva vindoura inativa
Objetiva retratos de um cotidiano que perecia
Manifestada no espelho a fenda refletida
Edita as cores da amargura e no palco publica
O corpo exposto no museu, transborda lascívia
Chora sendo instrumento de descortesia
Usado para acalentar o desespero da figura aflita
De um ciclo sem cor, que em uma paleta se limita
Sempre insuficiente, aprisionado a dependência de uma miséria infinda.
- Autor: ericaecm ( Offline)
- Publicado: 26 de novembro de 2024 10:30
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 14
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