Noite misteriosa tomada pela penumbra
Noite que o vento não leva
A coruja canta empoleirada no galho
A sombra que o dia não reverte pois, suas horas se foram
O jardim de flores agora está envolto em trevas
A escuridão que toma o lugar
Era dia, Não mais
Era dia, a luz se foi
Era dia, as estrelas não aparecem
Um velho jardineiro olha a noite com seus noventa anos
Ele comtempla a noite fria que se acomoda
Era dia, o sol se foi
Era dia, o brilho do dia se foi como cinza de fogueira sem lenha
O frio corta a alma
A alma dos bichos que se movem nas galhadas das árvores
Era dia, não brilha mais a luz do sol
Era dia, havia tanto no dia florido
Era dia, e as pessoas passavam pelo jardim
Era dia, o jardineiro com seus noventa anos contemplava o lugar
O frio que corta a alma
O frio da penumbra sombria que engole a misera luz que regava o chão
Era esplendido o dia
O vento uiva chamando as criaturas da noite
As nuvens passam
O jardineiro lembra de sua juventude
Ele vira e se vai
Em uma lapide
estava escrito
Leonard velho jardineiro
Que muito cuidou desse lugar
Aqui descansa em paz
1764 - 1854
E assim se fez a noite
Era dia, e a noite tomou o lugar
Era dia, e agora é apenas
Uma noite sombria
Sem a luz do dia.
- Autor: kleisson ( Offline)
- Publicado: 25 de novembro de 2024 18:54
- Comentário do autor sobre o poema: O tempo do homem, será que para sempre ou a noite guarda um segredo?
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 3
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