Fenda do Passado

Jose Rinaldo Pinheiro Leal

 

Ao anoitecer, uma fenda se abre,
E eu me perco na madrugada,
Com sentimentos esgarçados,
Em versos tristes, lágrimas regam

O jardim desolado do que restou,
De mim, de ti, de nossos sonhos.
Vou vagando, vasculhando os escombros,
Procurando pedaços de ti, em vão.

Não encontro nada além de sombras,
De um amor que se perdeu no tempo.
Eu e essa mania de reviver,
O passado, onde amor e dor se confundem.

Nessa fenda estreita, eu me afundo,
Escavando memórias, revivendo dores.
Mas só encontro pedaços de mim,
E a saudade que não passa.

 



Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.