Colheita amarga.

Adam


Sim Deus...
Eles estão falando de mim.
É, eles estão sim!
Me julgam, e ainda por cima sem motivo algum.
Dizem que sou fraco por chorar.
E julgado por errar.
Mais e as noites que lutei pra acertar?
Acordar e aínda sorrir pro mundo agradar?
Se plantei o amor porque colho a dor?
Se busco a paz, por que o clamor?
Diga, Deus aonde tenho errado?
Porque tenho caído no mesmo buraco?
Mostre-me o caminho certo.
Seja a luz que ilumina o deserto.
Por mais que perdido, porém não vencido.
Sou uma vida.


As palavras cortantes dilaceram a alma,
Enquanto lágrimas testemunham minha humanidade.
Julgam-me por chorar, sem compreender
As batalhas travadas por trás do semblante forçado.
Em preces silenciosas, questiono o amor
Que semeia dor em solo fértil,
E a paz tão almejada que encontra tormenta,
Refletindo a complexidade dessa existência.
Como peregrino errante, caminho entre tropeços,
Mas persisto na busca pela luz divina
No deserto árido das incertezas,
Perdido, mas não derrotado, ecoando vida.
Mesmo quando o mundo tenta me rotular de fraco,
Sou a essência que insiste em florescer,
Em meio aos espinhos da jornada,
Resiliente, imponente, em constante renascer.
(Sezar Kosta)

  • Autores: Adam, Sezar Kosta
  • Visível: Todos os versos
  • Finalizado: 30 de novembro de 2024 19:00
  • Limite: 4 estrofes
  • Convidados: Público (qualquer usuário pode participar)
  • Categoria: Triste
  • Visualizações: 8


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