Maria ana

Andre Matheus



Flagelos e ânsias, o tempo por fim,
Instrumentos de mentira a provar o real,
O limite da existência num mundo sem fim,
Medo e dor, ela não se encontra—

Não em esquinas, nem em trajetos banais,
Mas em formas que brotam, que geram, que trazem,
Como fera voraz, onça esguia,
Sombra materna em linhas que guiam.

Como um espelho no futuro, uma luz que acende.
Me torno seu reflexo, quero ser você para poder ser mais eu.
E depois sermos nós.

Os meus barcos queimam, queimam por ti,
Tudo à deriva, sem volta, sem cais,
Deixo o mundo em chamas, deixo o meu ser,
Perdido no abismo, sem saber o que fazer.

Mas a dor se acende, imortal, sem fim,
E o medo, uma sombra, a segue assim.
No horizonte, a verdade se dissolve,
E o tempo, como espelho, se devolve.

  • Autor: Andre Matheus (Offline Offline)
  • Publicado: 14 de novembro de 2024 19:13
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 22


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