Flagelos e ânsias, o tempo por fim,
Instrumentos de mentira a provar o real,
O limite da existência num mundo sem fim,
Medo e dor, ela não se encontra—
Não em esquinas, nem em trajetos banais,
Mas em formas que brotam, que geram, que trazem,
Como fera voraz, onça esguia,
Sombra materna em linhas que guiam.
Os meus barcos queimam, queimam por ti,
Tudo à deriva, sem volta, sem cais,
Deixo o mundo em chamas, deixo o meu ser,
Perdido no abismo, sem saber o que fazer.
Ela se fortalece na ilusão do apego,
Em sombras de amor, onde nada é seguro,
A mãe, seu refúgio e seu tormento,
A mantém presa, neste eterno confronto.
Mas a dor se acende, imortal, sem fim,
E o medo, uma sombra, a segue assim.
No horizonte, a verdade se dissolve,
E o tempo, como espelho, se devolve.
- Autor: Andre Matheus ( Offline)
- Publicado: 14 de novembro de 2024 19:13
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 17
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