Aceitei tão pouco,
bem menos que meu valor,
a frieza de um coração,
aceitei um amor acorrentado, restrito,
preso em suas próprias sombras.
Aceitei me encolher,
escondi minhas cores,
guardei minhas vontades,
para caber em um espaço apertado.
Me perdi, me desfiz,
por cada concessão, por cada aceitação.
Mas o amor não é prisão,
não é angústia, nem escuridão.
Não há amor generoso
onde um se reduz.
Meus limites são sagrados,
hoje escolho a mim mesma,
ser inteira e em expansão,
escolho soltar quem não vê o meu brilho.
Escolho abrir mão...
não mais de mim,
mas de quem ficou cego à minha luz.
- Autor: Jessica_Diniz ( Offline)
- Publicado: 14 de novembro de 2024 16:42
- Comentário do autor sobre o poema: O poema aborda a importância dos limites pessoais, do amor-próprio e da autenticidade. Ele desafia a ideia de que o amor deve ser um sacrifício ou uma forma de subordinação, propondo, ao contrário, que o amor verdadeiro é aquele em que ambos os indivíduos se mantêm inteiros e em expansão. É importante saber a hora de ir embora e se libertar de quem não reconhece o seu valor. Coloque a si mesma como prioridade em sua jornada de autodescoberta e evolução.
- Categoria: Amor
- Visualizações: 38
- Usuários favoritos deste poema: Flavio Eduardo Palhari
Comentários1
Nossa única diferença eu não tenho limites ... Mas adorei os versos e concordo o amor não pode ficar acorrentado em suas sombras ... Seja bem Vinda
Obrigada pelo seu feedback, Flavio!
Os limites aqui se referem ao que é aceitável ou não aceitável em uma relação. É um compromisso consigo mesmo de não se submeter à situações de exaustão e desrespeito e também um convite para que o outro respeite esse espaço 🙂
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