São muitas as fogueiras em volta da aldeia
São muitas as pessoas em volta do lugar
São muitas as estrelas sobre a cortina do céu
todos olham para seu senhor
Odin acompanha de Valhalla
As tochas tomam conta do lugar e são vistas do seu
Ninguém ousa chorar
Ninguém ousa dizer algo
São tempos do fim
Fim que trepida com as labaredas
Os corações estão voltados para o norte
ouvisse os tambores
repousa em silêncio o líder de muitos anos
Aquele que viu o que apenas os nobres podem ver
Silencia-se a voz da coragem de quem a morte não venceu
Ao longe se vê relâmpagos
E navega para o fundo do lago a última Drakkar
O último valente de tempo não apagado
Sobre seu peito sua espada
Sobre seus ombros sua coragem
O vento o segue como o mais fiel dos servos
aos poucos a vela do navio é tomada pela água
pelas colinas se ouvem cantos de honra ao que o tempo leva
Mas a morte não se apossa
O silêncio de quem não pode ser calado
Seus feitos são a sua voz
A água o acolhe como sua mãe
Fora guerreiro em vida
senho de uma terra
guia de um povo
eterno
Nas águas repousa
O funeral do eterno senhor
que está além do tempo
e do tempo não tem apego
pois ao tempo não deve nada
Repousa
em paz
na imensidão
das Águas.
- Autor: kleisson ( Online)
- Publicado: 11 de novembro de 2024 19:00
- Comentário do autor sobre o poema: Poema Mítico
- Categoria: Gótico
- Visualizações: 3
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