Neve
Blocos de gelo cobertos de vinho tinto
O gargalo da garrafa ressoa contra a taça achatada
Tudo se derrete
Salão de vestidos longos e ternos com gravatas
A música ecoa no salão
E o telhado fica branco e pesado prestes a ceder
rosas vermelhas
abraçam as paredes
o pontudo espinho
tem um casaco gelado
o lusco-fusco se aprofunda
o céu estrelado se atordoa
a madeira de lei se parte
os seres alados têm dificuldade em se mover
tudo desaba
naquela noite de dezembro
onde os corvos pairam
sobre a área
as luzes de sirenes
alarmam o povoado
entre distintivos e quepes
entre vegetação e clima
- Autor: anapaula.*. ( Offline)
- Publicado: 22 de julho de 2020 16:44
- Comentário do autor sobre o poema: Baseado no que eu imaginava quando lia um capítulo de um livro que gosto muito.
- Categoria: Triste
- Visualizações: 28
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