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Existe um véu negro que esconde minha face;
já não consigo enxergar a beleza dos teus olhos
nem sentir a essência de tua boca.
Não sei o que está acontecendo, mas não sinto nada além de solidão,
um vazio profundo.
Meu coração já não sorri...
Começo a pensar em nós dois...
Quantos bons momentos passamos juntos.
Fui tão feliz ao teu lado.
Nossas juras de amor não passaram de
simples palavras ao vento,
como um navio sem vela, sem horizonte.
Não sei por que você se foi,
deixando a porta aberta ao sair.
Fiquei desprotegido, frágil e com medo;
um medo que me faz desistir da pessoa que mais amo neste mundo: você.
Marcaste minha vida, renovaste meu mundo,
acendeste a chama da minha paixão;
abriste meu coração e me amaste de forma verdadeira e afetuosa...
Pensando assim, a tristeza de saber que não posso mais estar contigo
me faz sentir incapaz de buscar minha única felicidade.
Não sei o que fazer; o que me resta são apenas sentimentos
perdidos em palavras de amor.
Amor, vem fazer minha vida florescer;
vem, segura minha mão e vamos viver a vida,
fazendo com que um complete o outro
para sermos um só em amor...
Tristeza e medo não farão mais parte dessa solidão,
e então eu poderei dizer ao meu coração
que o amor é a força mais sublime e poderosa,
pois será ele que trará você de volta pra mim.
Amo você!
9 dov 2009 (09:46)
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Autor:
Melancolia... (
Offline) - Publicado: 4 de novembro de 2024 08:46
- Comentário do autor sobre o poema: Repostada e arquivada com sucesso...
- Categoria: Triste
- Visualizações: 8
- Usuários favoritos deste poema: Melancolia..., Sezar Kosta
Offline)
Comentários2
Que carta poética comovente meu amigo! Você conseguiu capturar perfeitamente aquela dor profunda da ausência. A imagem do "véu negro" logo no início já estabelece um tom melancólico que perpassa todo o texto de forma magistral.
Me tocou especialmente aquela metáfora do "navio sem vela, sem horizonte" - que forma poética de expressar a desorientação após uma perda! E aquele momento em que fala da porta aberta ao sair? Nossa... que símbolo poderoso de vulnerabilidade.
No fundo, parece aquela busca quase desesperada por um pouquinho de luz, de calor, sabe? Quando você diz que há um "véu negro" escondendo sua face, quase dá pra visualizar uma cortina que caiu e bloqueou toda a alegria que antes iluminava seus dias.
E aí, o que você faz? Vai ao arquivo de memórias! Começa a lembrar dos bons momentos, dos risos compartilhados, das juras de amor, e de como essas lembranças, que antes eram como fotos num porta-retrato, viraram palavras soltas ao vento. Mas mesmo com essa tristeza, você lança um pedido bem sincero, cheio de esperança e amor: você quer reencontrar o sentido, a paixão, como quem estende a mão pedindo que a pessoa amada a segure de novo.
Mesmo sendo uma carta de 2009, a emoção continua viva e universal - afinal, quem nunca se sentiu assim em algum momento? É um texto que fala diretamente ao coração de qualquer um que já experimentou a solidão do amor perdido.
Meu querido ....Abraços...
Seguiremos nas investidas do amor....Mesmo com dor...
Tiramos as coisas mais simples e profundas que existem dentro de nós...
Grato por este precioso comentário.
A solidão se alimentada fica enorme, mas quando olhamos ela como uma passagem pra gente aprender e respirar dando ênfase apenas para o duradouro, o Amor verdadeiro, logo ela desaparece. Tema muito bem abordado. Parabéns poeta.
Isso mesmo Rosangela...
As vezes aprendemos com a dor para receber o amor...
E quando a dor é prolongada, senão tomarmos cuidado, ela faz um ninho em nosso coração;;;;
Obrigado.
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