Sinceramente, não sei
Como a conheci
A cada soluço
Não solicitado
Presenciava um sumiço
Sem rebuliço
Um leque de ferramentas
Para sumir
É um canivete suíço
Sai pelos buracos
De queijo suíço
O povo, antes ciente disso
Torna-se omisso
"Quem disse isso?"
Seu esquecimento é
Evidente neste cortiço
Comigo, deixou de andar
De mão dada
Parou de ser lembrada
Quando volta a ser notada
Usa de seu chique vocabulário
Para falar sobre como foi
Mal tratada
Pelas ideias em sua cabeça
Mal cuidada
Ou às vezes, nem usa de desculpas
Para explicar o sumiço de sua
Cara mal lavada
Súplica pelo meu não-desistir
Que amor por ela, ainda devo
Nutrir
Que apesar do seu sumiço
Supostamente ser um produto
De um tempo submetido a um
Mal-gerir
Sua intenção
Não é a de me ferir
Minha querida, você já chegou longe demais
Ao submeter minha paciência a esse abuso
Se o seu problema é mesmo esse soluço
Encha um copo e desta água, faça uso
Caso venha com desculpa, então da sua memória
Passarei a fazer desuso
Tirarei vestígio seu de meu fuso
Ao perguntarem de você, brincarei
Direi que estou confuso
Quando a vir pela passarela, ficarei de bruços
- Autor: caiolebal ( Offline)
- Publicado: 3 de novembro de 2024 10:56
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 1
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