Eita preto
De onde tanta felicidade?
Çuncê Num sabe
Sô livre
Tá feliz Preto?
Çuncê num sabe
voltei a ser quando era na minha terra
Ê preto sempre feliz
Nunca chora
Sempre feliz
Saiu da África
Entrou no navio
Mar brabo enfrentou
Não temeu o chicote
Sonhou com o dia da liberdade
Ê preto feliz.
Çuncê num sabe
Hoje eu sou livre
Num uso mais corrente não
Ninguém me dá mais ordem
Sou livre como na minha terra
Vósmicê viu
Eu e meus irmãos
Nos não é mais mercadoria de branco
Nós é livre como na nossa terra
correndo na savana como criança levada
O que vai fazer preto?
Vou voltar para a minha terra
Lá tem Embaobá
Lá eu nado no rio
Esse preto
nunca chora
sempre rindo
Esse preto
Sorriso grande
de tão feliz
Esse preto!
- Autor: kleisson ( Offline)
- Publicado: 1 de novembro de 2024 09:33
- Comentário do autor sobre o poema: Uma lembrança ao fim da escravidão e uma homenagem ao povo preto brasileiro com sua história de liberdade e sonho indestrutível.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 3
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