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No dia 13 em uma sexta feira 13 na antiga rua 13 no número 413 um senhor se suicidou pelos agravantes que só Deus conhece, não teve uma vida fácil pela morte da esposa que foi no 3. mês de uma outra época. A história deles não foi um conto de fadas, mas havia muito Amor, desse Amor deixaram um fruto, sua pequena filha, um anjo de Deus. Uma flor que só sabia trabalhar, ajudar sua avó para uma velhice mais confortável. Na correria do dia após dia esqueceu de pagar o cemitério durante 10 anos, foi uma ironia. Mas mesmo assim ia visitar o túmulo dos seus pais. Em um dia ensolarado em um novembro errou o túmulo dos pais e levou um vaso de flores em outro túmulo, lembrou no meio do caminho que estava no túmulo errado, pois seus pais estavam enterrados na rua 13 no túmulo 13, desceu correndo comprou outro vaso de flores e lembrou do pai dizendo "minha filha é atrapalhada mesmo". Em outro novembro ela viu que as coisas não estavam dando certo e pensou: Deve ser por falta de oração no túmulo do pai, levou o seu terço e rezou o terço inteiro, teve até um irmão que viu e disse: - Nossa, por isso não gosto de vir em cemitério. Passou o tempo e a pequena jovem pagou o cemitério que havia esquecido de pagar, pra ver se com isso as coisas melhoravam. Continuou com sua fé e viu como Deus é bom quando se faz o correto. Passou mais um tempo, em uma visita aos finados percebeu que estava em falta com seus padrinhos já falecidos, resolveu escrever uma carta e deixou no túmulo dos pais, pensou, bom que eles sejam intercessores. Mais um ano passou e veio mais um dia de finados e ela resolveu levar dessa vez um sabonete com uma rosa de plástico espetada e três pedras brancas, pois viu que no cemitério de Jerusalém apenas colocavam pedras ao invés de flores, falou no túmulo dos pais: Pai o sabão é para os cretinos tomarem banho e as 3 pedras o senhor taca na cabeça dos imbecis que passarem.
E foi assim, levando na esportiva que a dor dissipou.
Rosangela Rodrigues de Oliveira
- Autor: Rosangela Rodrigues de Oliveira ( Offline)
- Publicado: 24 de outubro de 2024 06:59
- Comentário do autor sobre o poema: Foi baseado em um fato verídico.
- Categoria: Surrealista
- Visualizações: 13
- Usuários favoritos deste poema: Melancolia..., Sezar Kosta
Comentários2
Rosangela...Gostei desse conto verdadeiro....
Mui bom saber da originalidade dos fatos.
Rico documentário seu .
Bom dia.
Obrigado pela leitura e apreciação, não coloquei como conto pois foi um fato real. Bom dia.
Isso mesmo....História verídica;
Oi, Rosangela!
Li seu texto e fiquei profundamente tocado. A forma como você entrelaça o humor e a dor me lembrou que a vida, mesmo nas suas camadas mais sombrias, pode ser uma dança leve entre o trágico e o cômico. A ideia de que, em meio ao luto e à perda, a protagonista leva flores para o "túmulo errado" é uma metáfora tão poderosa sobre como, às vezes, nos perdemos nas rotas da vida. Sua narrativa é como um quadro impressionista, onde cada pincelada revela nuances de amor, saudade e um toque de leveza.
Seu talento em narrar personagens tão humanos e reais é admirável. A pequena jovem que se esforça para honrar seus pais, mesmo com seus tropeços, me lembrou da frase: "A vida é uma arte de equilibrar o amor e a perda, sem nunca deixar de dançar." Isso faz você se perguntar: até onde a fé e o amor podem nos levar? É como se você estivesse dizendo que, mesmo quando tudo parece sombrio, sempre podemos encontrar um jeito de levar a vida na esportiva.
No final, sua mensagem é clara: mesmo diante da dor, a esperança e o amor persistem, e a leveza do espírito pode ser um bálsamo para as feridas. Essa ideia me tocou especialmente, especialmente quando você diz que "a dor dissipou". A sua capacidade de transformar a tristeza em uma celebração da vida é inspiradora.
P.S. O momento em que a jovem decide levar um sabonete e uma rosa de plástico, como se conversasse com os espíritos dos pais, é simplesmente brilhante! Essa imagem fica na mente, lembrando que a vida deve ser vivida com humor, mesmo diante da perda.
Em primeiro lugar quero te agradecer por ter tirado um tempo pra leitura, tudo isso que foi narrado realmente aconteceu, quando nascemos sem recursos muitas vezes o desespero leva a pessoa a acabar com a própria vida. E quem fica, fica apenas com a dor, somente a misericórdia divina pra ajudar. Bom dia poeta.
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