Divaldo Ferreira Souto Filho

Ânsia

Política é ânsia de ego

Mística natural do morcego

Asas de passarinho têm não

Mamífero, esperto, se lança

Plainando, pensa que voa.

Pura ficção.

O sangue sacia a pança

Mas voar que é bom, voa não

Guia-se, sensível, pelo que ecoa

Do som quase imperceptível

Enxergar com o ouvido

Coisa pra humano... duvido

Esperteza é coisa de morcego

Labora a sorte, na calada da noite

Descansa, ao contrário, no claro do dia

Espera que quem sabe, alguma hora

Puxam-lhe os pés ao céu

Até lá, canta, pra si, como Orfeu

E chora asa que não sacia

Política é ganância de ego

Mística natural do falso cego

Comentários1

  • marta gon

    gostei também.



Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.