Nuvens cinzas.

Claudio Henrique

Ao entardecer do dia, as nuvens ficam cinzas
e o céu se fecha, uma deixa parte para frente
aonde se encontra perdida, no meio da vida
emaranhada nos desejos, há uma queixa
sobre isso tudo? Pensar que é absurdo
morrer sem ter amado, o sol vai para longe
e o tempo vai, para nunca mais voltar.

Se cada segundo é eterno, viveria tudo
isso de novo? A mesma vida, os mesmos erros,
as mesmas feridas? Então faça dela a melhor
das vidas vividas, por que se tudo o que resta
é o agora, pra que pensar se em outro momento
talvez tivéssemos feito diferente.
somos seres, experienciando cada espaço vazio
no meio de um universo eterno, quanta efemeridade
há em cada vaidade, o ego se solta e
no fim cada um é um, somado a eternidade.

  • Autor: Claudio Henrique (Offline Offline)
  • Publicado: 18 de outubro de 2024 18:25
  • Comentário do autor sobre o poema: Uma pequena alusão a experiência de voltar após um dia cheio e acabar se deparando com o céu nublado. Aquela melancolia que nos leva a ter uma reflexão, pensamentos surgem, e as dúvidas que permanecem. Também sobre viver mais no presente, como cada segundo sendo eternizado. A questão do ego e da vaidade que todos nós temos, e de pra que viver achando que somos o centro quando na verdade deveríamos aproveitar mais o momento, amar as pessoas como se não houvesse amanhã, ajudar o próximo, aproveitar mais das pessoas ao nosso lado.
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 13


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