DESEJOS
Somos movidos de vontades e desejos
de termos algo, ter perdão, amar alguém
Pelo menos termos o mais necessário
muito embora, bom seria, de bandejo
Apegados ao que tem, ter o que não tem
muitos deles já trazemos do berçário
de termos algo, ter perdão, amar alguém
Pelo menos termos o mais necessário
muito embora, bom seria, de bandejo
Apegados ao que tem, ter o que não tem
muitos deles já trazemos do berçário
Quis mudar de colo saindo em rastejo
ralando meus joelhos, ainda um neném
Chorei a minha dor, e no triste cenário
quem muito me amou curava-me com beijos
Anjo que na terra, seus anjos entretém
soprava as feridas honrava seu fadário
ralando meus joelhos, ainda um neném
Chorei a minha dor, e no triste cenário
quem muito me amou curava-me com beijos
Anjo que na terra, seus anjos entretém
soprava as feridas honrava seu fadário
Desejo juvenil é como o mar e areia
Desconhecemos meios e o fim que eles têm
Bandido ou mocinho, marujo ou corsário
só desejava ver de tarde a papa-ceia
Lançando os piões e as pipas ao além
Sem prazo para o dia, o tempo e horário
Desconhecemos meios e o fim que eles têm
Bandido ou mocinho, marujo ou corsário
só desejava ver de tarde a papa-ceia
Lançando os piões e as pipas ao além
Sem prazo para o dia, o tempo e horário
De repente os prazeres se nos modifica
Desejos de adultos nos formatos contrários
Conforme nossa escolha ficamos seus reféns
se um dia está fácil, no outro se complica
Temos dias de céu, e outros de calvários
'Posso todas coisas mas, nem tudo me convém'
Desejos de adultos nos formatos contrários
Conforme nossa escolha ficamos seus reféns
se um dia está fácil, no outro se complica
Temos dias de céu, e outros de calvários
'Posso todas coisas mas, nem tudo me convém'
Amar e ser amado, se intensifica
os olhos no extrato do meu saldo bancário
É tanto problema que nem sei de onde vém
desejos impróprios que a alma se complica
Promove um ser bom, pra ser um ordinário
o que mais se justifica não vale um vintém
os olhos no extrato do meu saldo bancário
É tanto problema que nem sei de onde vém
desejos impróprios que a alma se complica
Promove um ser bom, pra ser um ordinário
o que mais se justifica não vale um vintém
O desejo de poder obscurece a razão
fingir ser e não ser, me é bastante hilário
Qual desejo é o pior? nem Freud te explica
tu podes, no entanto, aspirar-se com noção
Não sejas um descrente, tampouco sectário
desejo é apetência...o tempêro é a isca
fingir ser e não ser, me é bastante hilário
Qual desejo é o pior? nem Freud te explica
tu podes, no entanto, aspirar-se com noção
Não sejas um descrente, tampouco sectário
desejo é apetência...o tempêro é a isca
(elfrans silva)
- Autor: Elfrans Silva (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 18 de outubro de 2024 17:32
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 8
- Usuários favoritos deste poema: Sezar Kosta, Elfrans Silva
Comentários1
“No palco da existência, você dança,
Entre desejos e vontades, uma eterna dança.
Rasteja, chora, mas anjos terrenos te curam,
Seus passos, marcados por uma infância que persiste.
Entre céus e calvários, você aprende:
"Posso todas as coisas, mas nem tudo me convém."
O amor e o desejo de ser amado se intensificam,
Enquanto seus olhos vagam pelo saldo bancário.
Lembre-se, o desejo é apetência, uma chama,
E o tempero, a isca que nos mantém presos no jogo da vida.
No silêncio de seus pensamentos, encontre o equilíbrio,
E deixe a dança dos desejos guiá-lo, sem perder o rumo.”
Meu caro amigo Elfrans, no palco da vida, dançamos entre desejos e vontades. Rastejamos, choramos, mas somos curados por anjos terrenos. Nosso desejo juvenil é como o mar, imprevisível. De repente, os prazeres mudam, e nossos desejos adultos se tornam contrários. Entre céu e calvário, aprendemos que "posso todas as coisas, mas nem tudo me convém." O amor e o desejo de ser amado se intensificam, enquanto nossos olhos estão no saldo bancário. Desejos impróprios enredam nossa alma, e o poder obscurece a razão. Mas podemos aspirar com noção, lembrando que o desejo é apetência e o tempero é a isca.
Bem isso mesmo. A evolução etária marcha seguindo um curso completamente diferente. Os desejos se desalinham contrastando com a então inocência. Incrivel esse contraste. As vezes nos desenfreamos que chega assustar. Tvz por isso que tenhamos saudades da infância. Eramos amparados e colocados na luta novamente. Desejos maluquinhos kkkk. Duas tiras de borracha numa forquilha e se achavamos os pivetes da vila rsrs. Precisava estar dentro de casa ainda com o dia claro; não tinha noção de perigo. Um tempo em que a maldade era uma assombração, um fantasma, uma bruxa, uma mula sem cabeça kkkk. A maldade real estava por vir. Cá estou eu comparando os desejos em seus tempos. Só que hoje, sem o colo que me consolava quando dava tudo errado. Eu que tenho de dizer á mim mesmo: deseje menos, pois, o mundo é de todos, a vila é de todos, esqueceram de te avisar. Além do portão os fantasmas são reais; e hoje aqueles anjos são lembranças. Bem isso mesmo, amigo Sezar. O desejo é a vontade, de algo que sabe-se ter sabor de isca, muitas vezes. Forte abraço, meu brother. Meu carinho e minha estima por você. Boa tarde de quinta-feira.
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