Não nutro obrigação escrava que desfigura a minha alma,
Carrego a face serena que não se escraviza em impressionar,
No recôncavo de mim mesma mora o meu abrigo,
Sou o que alguns jamais sonhariam em alcançar.
Caminho sutilmente por todos os cômodos,
São portas, janelas, balaustres, chaminés.
Cada parte de mim é uma sala de estar ao ar livre,
Onde conto estrelas e navego no céu do mar.
De pernas para o ar, sinto os espinhos no teto,
Caminho entre as paredes, a vida no chão é cheia de serpentes,
A realidade mora nas entrelinhas com doses generosas de afeto.
Desvio em prece do abismo e do perigo,
A fortaleza é nossa paz e a nossa calma,
Nessa resiliência, a luz está sempre comigo.
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