FLUXO DA VIDA
Na eterna imensidão,
caminho por horas em terreno áspero,
mas, na maioria das vezes, sereno.
Os dias passam,
e a vida molda seu fluxo.
Ao longe, vislumbro o que espero,
mas de perto, a ânsia eterna
de querer apressar sem correr
me entorpece em delírios diários.
As ansiedades se escondem,
mesmo em silêncio, gritam,
como se o mundo pudesse entender.
Entre o real e o imaginário,
o vácuo absorve os gemidos,
e a vida, como sempre,
encara as tentativas frustradas,
aliviando-as em sua verdadeira crença
Desde o princípio foi assim.
Logo aprendi a viver entre dois mundos:
o das palavras e o dos silêncios,
sorrisos disfarçados de falas empíricas,
gargalhadas e frases hilárias,
enquanto moldo minha jornada
com passos ora precisos, ora dispersos.
Madrugadas reclusas em solitude,
noites arrastadas na solidão,
dias sociáveis e descontraídos,
uma eterna mistura de possibilidades.
No fundo, persiste a sensação
de ser um viajante movido
pela curiosidade de tudo questionar,
e o desejo de sempre admirar o novo,
mesmo sabendo que, um dia,
partirei, pois aqui estou apenas de passagem,
rumo ao lugar que, enfim, chamarei de lar
C.Araujo
- Autor: C.araujo (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 5 de outubro de 2024 19:13
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 4
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.