Olhe! Contemple o monstro que habita na periferia do vasto âmago
Herança nossa, geneticamente inerente, e você nem sabe...
Ele acorda de tempo em tempo, é maior que “O Eu” e domina!
Eu não consigo esquecer: ele rugiu! Eu tremo ao lembrar, e ele vai voltar
A última vez foi... não sei bem, ontem, hoje ou outro dia desses
Bem sei da violência e força que machuca e faz chorar, só a angustia me espera
Ele acordou! Objetivos e planos agora suspensos, em mim apenas o monstro...
Aguçado viu! Bonita, atraente, pele, dança, olhar e canto, ah! seu canto
Tempestivo, me arrastou por qualquer eira, beira e bares, do ápice de consciência nada ficou. O instinto o enlouqueceu e a mim subverteu
Da presa um sussurrar e ”o Eu ” sitiado e sedento Implora por um verso, poesia, voz, riso, qualquer atenção ou toque, beijo, nudez... qualquer alimento que sacie sua fome.
Tudo! TUDO ficou para trás
A manhã, silencio, arrependimento e culpa vieram. Assolado e sozinho estava
Ele conseguiu! Satisfeito foi dormir, e agora trato as feridas e as dores que são muitas...
Sei que é inapropriado... mas como evitar?
Juntei o que sobrou e joguei nesse papel.
Sandro MS Lino
Comentários1
Eu, sitiada e sedenta , a espera de um verso uma poesia, quiçá um beijo.
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