Inadequado e Inevitável

SM Lino

 

 

Olhe! Contemple o monstro que habita na periferia do vasto âmago

 

Herança nossa, geneticamente inerente, e você nem sabe...

 

Ele acorda de tempo em tempo, é maior que “O Eu” e domina!

 

Eu não consigo esquecer: ele rugiu! Eu tremo ao lembrar, e ele vai voltar

 

A última vez foi... não sei bem, ontem, hoje ou outro dia desses

 

Bem sei da violência e força que machuca e faz chorar, só a angustia me espera

 

Ele acordou! Objetivos e planos agora suspensos, em mim apenas o monstro...

 

Aguçado viu! Bonita, atraente, pele, dança, olhar e canto, ah! seu canto

Tempestivo, me arrastou por qualquer eira, beira e bares, do ápice de consciência nada ficou. O instinto o enlouqueceu e a mim subverteu

 

Da presa um sussurrar e ”o Eu ” sitiado e sedento Implora por um verso, poesia, voz, riso, qualquer atenção ou toque, beijo, nudez... qualquer alimento que sacie sua fome.

 

Tudo! TUDO ficou para trás

 

A manhã, silencio, arrependimento e culpa vieram. Assolado e sozinho estava

 

Ele conseguiu! Satisfeito foi dormir, e agora trato as feridas e as dores que são muitas...

 

Sei que é inapropriado... mas como evitar?

 

Juntei o que sobrou e joguei nesse papel.

 

Sandro MS Lino

  • Autor: SM Lino (Offline Offline)
  • Publicado: 30 de setembro de 2024 13:31
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 7
  • Usuários favoritos deste poema: Ana
Comentários +

Comentários1

  • Mony

    Eu, sitiada e sedenta , a espera de um verso uma poesia, quiçá um beijo.



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