DIA DE CALOR

... poeta do cerrado ... © Luciano Spagnol



Eu trovarei um dia de muito calor

No cerrado tão árido e tenebroso

Num mormaço trincado, rigoroso

De aquecer o verso no tom maior

 

Cantarei do desânimo ao travor

Da tempera, num ritmo viscoso

Exalando o suspiro vertiginoso

Num compasso cheio de rumor

 

Um horizonte rubente, incendido

Acalorado, picante, bafo quente

Hão de estar no verso ressentido

 

Hei de cantar o fervor que se sente

Urente, cadenciando o suor fluido

Em um acorde de um dia ardente.

 

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

20/09/2024, 17’35” – cerrado goiano

 

Protegido por Lei de Direitos Autorais (9.610/98)

Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol – poeta do cerrado



Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.