A fúria da onda que troveja,
Flutissonante, que molda o estado
Na costa que esculpe a vareja
Presente que no futuro é passado
Como o que ao “eu”, o tempo trágico
Apaga o que se sonhou ou viveu
Cria, a memória, ciclope ilógico
Da areia do real e bruma de Orfeu
Dessas quimeras baças que lembramos
Hoje vivas verdades, que juramos
O que por vezes não aconteceu
Se o vivo na memória é o construto
Se o resto, levou o mar astuto
Que importa se realmente sucedeu
Alexandre H C Mendes
- Autor: Alexandre Carlini ( Offline)
- Publicado: 17 de setembro de 2024 21:27
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 14
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