Veio como um brilho de sol,
Me cegou com aquele sorriso,
Me aprisionou como rouxinol,
Tanta beleza corpórea visualizo.
A flor do meu seio desabrocha,
Parecia incrível perfeição,
A meu olhar seria uma tocha,
Nem percebi essa ilusão.
Perto já sinto seu doce odor,
Nectáreo de peônia e lavanda,
Mais afável que qualquer flor,
Tão suave aquela mão branda.
Essa mão, que rela no meu rosto,
Nem tanto, mas já me delira,
Esse toque, que oferta um gosto,
Nem sabia, não estava na mira...
Era gatilho para minha simpatia,
Seu sorriso era meu trigo,
Todo esse nada me inebria,
Elogio ingênuo, apenas amigo...
Parecia pureza de lótus claras,
Nessa lama que encobre o amor,
Mas tu nem sequer me amaras,
Era apenas um fraco fulgor,
A esperança que havia cultivado,
Estava murcha e doente,
Minha rosa já havia despetalado,
Estava sem cor e semente.
Como flor de cerejeira, sumiu,
Nesse solo infértil, nada havia brotado,
Amor falso, largou-me no frio,
Lágrimas regam um coração desalmado.
- Autor: Sales (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 16 de julho de 2020 23:32
- Comentário do autor sobre o poema: Fiz esse poema lembrando de uma amizade que pensava ser amor, aos meus olhos inocentes e sonhadores, aquele jeito fofo, era um convite para um futuro casamento. É estranho como pensei isso, mas se estivessem vendo, diriam "é um casal (lindo)", talvez eu estraguei tudo mandando mensagem, talvez nem estava com interesse romântico em mim, ou até mesmo me enganou, não sei, nem ligo mais. Na maioria das vezes, o que queremos não é o que precisamos, e muito menos vai fazer bem. Obrigado por lerem! Deixem um comentário, feedback ou crítica, me ajuda muito! Fiquem bem, abraços!
- Categoria: Amor
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