Eu estou à sua espera,
No nosso jardim maravilhoso.
Enquanto bebo mais um gole do meu café preto
Ou desse vinho tinto que me arde a garganta,
Penso no que você está fazendo agora.
Eu estive assustado, confuso, chateado.
Eu estive preso, de mãos atadas, perdido.
Por onde eu andei ou pra onde vou, já não me interessa muito.
Só quero entender o que faço aqui.
Esse farol, o jardim, a casa antiga, a igreja destruída, a rua enlamassada...
Meu amor, o que são esses lugares?
As palavras chegam na minha mente e boca sem eu fazer ideia do que elas significam...
Eu só entendo do que se tratam na hora que digo.
O que eu deixo pra trás, eu sinto tanta certeza que não é pra mim
Que chego a me surpreender com a minha intuição
Mas, sinto sua falta...
Quem seria você nessa vida?
Qual o seu rosto? Qual o seu nome?
Já nos conhecemos?
Você ainda vai chegar aqui?
As pessoas com quem me conecto...
Há algo de você nelas? Qual delas?
São muitas questões...
Todas, muito atordoantes.
Enquanto você não chega, continuarei sendo o que ganhei,
Continuo sendo o seu futuro amor,
Tentando entender se em outra época, fui seu falecido marido,
Um amante misterioso e apaixonado
Ou apenas um viúvo triste a chorar por saudades de ti.
- Autor: Venus (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 3 de setembro de 2024 09:55
- Comentário do autor sobre o poema: Eu sou católica e nunca acreditei em reencarnação, mas tenho tido sonhos que têm me deixado com dúvidas... Eu quis representar um pouco de alguns desses sonhos nesse texto, escrevi no masculino por que nos sonhos, eu sou um homem. Enfim, espero que vocês gostem e entendam o que quero passar com esse texto.
- Categoria: Carta
- Visualizações: 8
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