Lágrimas descem,
Percorrem a minha face
e molham a lasca da madeira
que está na minha mão,
em resposta à emoção,
Que entrou em erupção
Sobre gostas de água bem salgadas,
Que jorram dos meus olhos.
Esses olhos que são testemunhas
Da desigualdade, da fome,
Da violência e ignorância.
Olhos que já vivenciaram inúmeros abusos
Cometidos por nossos semelhantes.
Minha pele marcada por cicatrizes,
Que me causaram dor,
E ao mesmo tempo prazer,
Àqueles que as praticaram.
Choro porque tenho sede de justiça,
Fome de liberdade!
Porém, o desespero me apavora,
E traz à tona o sentimento de fragilidade.
Sabe, caro amigo,
Sinto-me um pássaro encarcerado,
Que canta o puro tormento de dias
Que se passaram conflitantes.
A esperança vai diminuindo,
E o sonho da liberdade,
Está muito distante.
Araras, 24/08/2024
Juliana Paula Lavina
- Autores: Juliana Paula 1529
- Visível: Todos os versos
- Finalizado: 8 de setembro de 2024 19:00
- Limite: 6 estrofes
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- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 8
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