Mentiras adocicadas

Hansel

A princesinha da rebeldia,
Era pra chocar e, por um tempo, se tornou minha.
Um arrepio, um gemido e muito tesão,
Você perdeu a emoção, queria um romance sem intenção,
Seus pais me odiavam, e nisto tinham razão.

 

Seja real, vadia.
Não me prometa amor, se não estiver disposta a dar.
Se só quer uma foda, pode contar comigo, vai levar.
Peço apenas um peito pequeno e uma bunda com estrias,
Vou entrar na sua mente, e te fazer minha.

 

Não encare minhas palavras como promessas vazias,
A última pessoa que fez isso não viu mais a luz do dia.
Se você correr, verá um metal que brilha,
Pra quem estou mentindo? Até nisso você me manipularia.
Esses são os últimos versos que escrevo,
Mas nem isso você merecia.

 

Esse sol me queima, não espero que se arrependa,
Eu te odeio do fundo da alma, você e todas aquelas...
Melhor não mencionar, não vale a saliva,
Afinal, agora eu sei o que você sentia.
Foi-se o tempo em que o leão me devorava,
Nem sou mais o mesmo, mas o que eu pensava?

 

Estou em uma nova jornada, introspectiva e desgastada.
Se lembra do que você gostava? Pôr do sol, vinho e mentiras adocicadas.
Mulher, o ressentimento que em mim residia,
Há muito tempo se foi, não pense em covardia.
Um novo homem, um novo objetivo, nem é a mesma música que ouvia.

 

Se algum dia, por acaso, nos reencontrarmos,
Saiba que será um atraso sem travas nem laços,
Pois é outra que me envolve agora, em seus braços.
O passado é um eco distante, e o futuro, meu novo espaço.

  • Autor: Hansel (Offline Offline)
  • Publicado: 21 de agosto de 2024 22:19
  • Comentário do autor sobre o poema: Primeiramente, o tom machista do poema é para intensificar o sentimento, ele faz parte dos sentimentos de um personagem, de um alterego deste que vos escreve.
  • Categoria: Perdão
  • Visualizações: 8
  • Usuários favoritos deste poema: willian rodrigues


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