Deitei depois de dias de cansaço acumulados entre a dor e a minha rotina.
Meu corpo não me obedecia mais.
Tirei alguns dias de folga do meu trabalho, conversei com meu superior. Comecei a pegar leve comigo mesma.
Depois disso,fechei-me como uma concha insignificante e mole e sem as pérolas dentro de mim.
Esse incômodo não é um simples grão de areia, o que me leva a crer que talvez eu produza ainda maiores, ou quem sabe em maior quantidade e mais delicadas para montar um colar de cura e superação.
Meus olhos não queriam crer, mas esse mal-estar me molesta consideravelmente.
Chorar e dormir para mim foi de um alívio descomunal.
Eu sei que um dia tudo isso vai passar. Eu sei que tudo nessa vida nos ensina, e que existem pessoas que sequer merecem estar ao nosso lado porque elas simplesmente não estão ao lado de ninguém em sua existência vazia.
Agora, estou mais serena para desfrutar o alívio de ter abandonado o que pesava tanto a minha vida.
- Autor: Lim ( Offline)
- Publicado: 20 de agosto de 2024 12:20
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 20
- Usuários favoritos deste poema: Nelson de Medeiros, Melancolia..., Bela flor, Claudio Henrique
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