Mister Hyde!

Um Cara Comum...

Eu sou forte

Não como pensam que sou

Nem como finjo crer

Menos ainda do que anseio ser

Ah, como sou forte...

Meu embuste é querer o comum

Pedir o simples e corriqueiro

Casa, sorriso, um dia simples!

Sem ninguém por um domingo inteiro

Não sou tão forte

Estou longe do ideal

Já não busco mais agradar!

E se um dia fiz, não hoje!

Até esqueço de me importar.

Quem sou eu?

Na estação, sou o que fica enquanto o trem parte.

Aquele do adeus cálido, silente e à parte.

E que na fila é apenas mais um;

Talvez, uma fugaz lembrança.

Ninguém sério ou importante

Não se preocupe: Sorria, acene e avance...

Finjo bem ter seguido em frente

Mas basta olhar com mais atenção e fica evidente

Que sobrevivi bem sem você!

Mudei e gosto da vivência.

Rude, tatuagem, excêntrica, rolê errado e indecência.

Novas histórias, amigos. O olhar vermelho da divergência

O tempo é outro, o relógio gira ao contrário!

4:20. Agora entendo. Um prazer solitário.

Ninguém está em minha pele ou problemas.

Ninguém entende a dor, quanto mais meus dilemas.

Então vale de tudo, a experiência é o que conta, “bora” experimentar.

Mas você não é uma ilha... Só não liga para quem vai magoar.

Você se tornou um muro, uma medida e sarrafo.

Tão alto. Intocável. Instransponível. O inatingível espaço.

No apertado laço onde há suas marcas por todo lugar.

No quarto, há o fato. Na sala, o rastro. O traço. Ou vai negar?

Dedos trêmulos, unhas brancas, cicatrizes, reminiscências.

Fala acelerada. Lembrança alterada. Manhãs violentas.

Não sabe de nada. Melhor se calar. Não houve clemência.

Mas a mente é livre, no quadrado o assado, vida que segue. Mudemos o papo.

Tulipas vazias. No papel, um nome. Seu mundo secreto feito ao telefone.

Caminhos tortos, agenda na mente, terrenos baldios. O que importa é a gente.

Sobre a solidão: era Ironia ou negação?

A sinfonia ao ouvido só ouve rouquidão.  

Agora? No carro então. Virtual é bom e melhor sem razão.

Nunca sozinha, no silêncio se aninha. Não há culpa nem regra.

Não há mais espaço ou mesmo tempo.

Por que tenta? Acha que a antiga reintegra?

Sem Janelas, possibilidades... Quiçá, vento.

Por fim é o sangue que perpetra.

E só agora percebo que pássaros covardes não voam.

  • Autor: Um Cara Comum... (Offline Offline)
  • Publicado: 19 de agosto de 2024 21:09
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 10
Comentários +

Comentários1

  • Shmuel

    Caramba, que viagem boa!

    Abraços!



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