Amor literário
Durante um dia me veio a reflexão
Que meu amor é literário
E infelizmente é verdadeira essa visão
Mas também não queria que fosse algo contrário
A literatura é algo expressivo que guarda o momento com um conjunto de palavras, ou  apenas uma frase
E meu amor guarda os momentos de uma maneira bem semelhante, e dizer isso não é nenhum ultraje
A constante recorrência do momento passado ao ler um texto, escutar uma canção
É a mesma q eu sinto quando olho pra quem amo e minto, que não me vem a emoção
Emoção aquela que vem do sentimento, e mesmo passado muito tempo ele não muda
Muda a fase, a escola, a visão social
Porém meu amor é o mesmo e se mantém literal
Então posso dizer que ainda amo teus lábios, ou teus beiços
Variando apenas a escola trabalhada ou a época falada
Porém a maneira de amar tua boca sempre será entendida e lembrada
E sentida por quem lê, por quem vê por quem aprecia no dia a dia ou para pra viver aquele momento
E com o decorrer do tempo, se guarda e se torna eterno
É terno, porém como a literatura consegue transmitir emoções tão complexas como o amor
Ela também faz sentir a dor
E aqui, nesse ponto, que os dois se diferem e começam a se distanciar
Porque meu amor não me deixa lembrar, por mais que force
Ele se sente forçado e torce as minhas lembranças pra que eu não sinta a dor, que muitas vezes ele tem associado
E deixa ofuscado, e colore do jeitinho dele, mudando apenas um detalhe, toda  escuridão que poderia gerar ele trás cor
Cor pra cada momento lindo vivido que me torno a lembrar
Como se estivesse vivendo, estivesse naquele lugar
Isso que o faz literário, capacidade que tem de me fazer lembrar de coisas tão boas e bonitas e independente do momento
Mas assim como na literatura as vezes é preciso um certo talento, meu, para interpretar sem pudor
As cores do meu amor