Tu queres-te vingar de mim,
assim como o vento que procura censurar o jasmim.
Ainda bem que tenho o bom senso para entender o teu jogo;
Aos poucos só te vejo a afundar num poço fundo e oco.
Para trás, findei amores mal correspondidos,
pois a eles, não lhes estava destinado a entender a minha importância.
Por mais que tentes abafar o que é subtendido,
eu só te tolero para cultivar a beleza da minha estância.
Para trás, vou deixando o meu velho eu
que em tempos atrás, nunca iria aceitar o teu amor mesquinho;
Ainda bem que contribuis para desenterrar o meu tesouro valioso,
que jamais pensei apossar em meu ninho.
Tentas abafar a tua dor a todo custo,
refugiando-te na liberdade financeira que te assiste;
Mal tu sabes dos perímetros do embuste,
que te vão cercando num enredo triste.
A dor naufraga-te em mares de tristeza,
tudo porque não reconheces o amor em sua pureza.
Enquanto me refugio em Deus para salvaguardar a tua aceitação,
é bem mais fácil para ti, me condenares com a tua rejeição.
Ainda bem que sei que a tua condenação
vem com um legitimo propósito.
Serve para garantir a minha absolvição
e de me livrar de tudo o que caótico.
Ainda bem que me posso refugiar,
a contemplar a simplicidade e inocência da Natureza;
Enquanto tu optas por fortalecer a tua dureza,
que te põe a milhas na incerteza.
Na verdade, estamos ambos a cumprir com a vontade do Divino.
A minha posição não é melhor do que a tua;
Ambos queremos investir nas regalias do Destino;
Limpar na superfície toda a sujeira que flutua.
- Autor: Lesy Williams (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 9 de agosto de 2024 13:05
- Comentário do autor sobre o poema: Quando alguém te procura magoar consciente e inconscientemente
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 7
Comentários1
Poema prenhe de sentimentos e impressões. Tocante.
Obrigada pela atenção. Um abraço 🙂
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