NO
Sonho ou Mar ?
Querida quando você me viu, viu não só a mim, mas a minha dor.
Querida, você sabia o porque, eu odiava cerveja e amava vinho.
Querida, você sabia o porque eu saia da festa cedo.
Querida, o cheiro de cigarro e vinho e o gosto de medo, nunca te espantou.
Chardonnay e lágrimas.
Medo e insônia.
Ansiedade e segurança.
As pedras que jogaram em mim eu podia construir um castelo.
Cecília estava certa, agora recordo que falava da revolta dos ventos, de linhos, de cordas, de ferros, de sereias dadas à costa.
Querida, sinto que sou um barco, um barco naufragado.
Querida, acordei com a boca seca, o peito vazio, mas os meus olhos cheios.
Era um sonho ?
Você é uma sereia ?
Querida, você existe ?
Retrai-se, ao dizer-me o que preciso.?E é logo uma pequena concha fervilhante,?nódoa líquida e instável,
preciso me esconder.
Me leve para o fundo.
E eu me vejo no mar, não o mar absoluto de Cecília Meireles,
O mar de lágrimas.
- Autores: Lilyan Andrade
- Visível: Todos os versos
- Finalizado: 13 de agosto de 2024 17:00
- Limite: 6 estrofes
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- Comentário do autor sobre o poema: Rascunho
- Categoria: Amor
- Visualizações: 8
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