Melina

Por que fui com ela ficar?

Sem piedade alguma

Pelas minhas costas me esfaqueou.

Achei que nutrias algo a mim,

Mas estive sempre sendo enganado

Não consigo crer como a adorei por tanto tempo.

O que fazer estava em um estado de êxtase ao seu lado

E assim, ignorei tudo de ruim que a mesma me fazia.

Só de lembrar teu rosto me enjoo

O grito que dou ao lembrar de ti fez o espelho se quebrar igual ao meu coração.

Em cada canto de meu pequeno aconchego teu nome ecoa.

A dor se dilacera, a alma se debate ao corpo,

E em meio a um mar de lágrimas, a verdade se bate feito o relógio de pêndulo.

Melina, tu eres a cobra de Adam e Eva,

Em suas palavras só encontrei blasfêmia 

E em teu coração apenas concreto.

Me expor a você foi o meu pior erro

Tu me diluiu de forma tão nua e crua,

Igual açúcar em tempestade.

Mesmo eu tentando

Sei que nunca sentirás o mesmo

Por fim, o que apenas me restou foram as migalhas de meu antigo amor. 

Nunca mais quero ser capaz de te enxergar

Sinto repulsa só de me lembrar amando a ti

Por isso, todas as lembranças dilacero agora com este poema.