Oco

britho

Aclamo

Ao vazio que se contém nas extremidades .

Eu choro, e me pergunto o que devia a

Primogênita lágrima.

Me viro e olho no teto, não me mexo.

Está tão confortável quando as luzes não parecem honrar o espaçamento de meus globos oculares. Não respeitando meus meios.

O lençol desdobrado me espanta de qualquer medo que tenha em uma sala vazia.

Eu encaro o teto e choro mais uma vez.

A sala era a pergunta a uma resposta totalmente, também vazia.

Os átomos que me fazem vivo, e o órgão, ou melhor, minha pele exposta sobre a cama me faz soar como um cadáver, uma vítima injustiçada, que não contém serenata de justiça.

De luzes rebeldes um escuro Neva.

Aquela neve 

nem quente, nem fria.

Apenas tampa tudo que você já não tinha. 

Mas em tanto clima, ao menos me encontrei a vossa companhia? Não me mexo, até porque estou tão bem aqui, só eu, sendo a quem compõem as extremidades de ser o medo que me aterroriza.

  • Autor: britho (Offline Offline)
  • Publicado: 19 de julho de 2024 00:38
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 17
Comentários +

Comentários1

  • Shmuel

    Parabéns, um texto bem pensado! Onde o medo se molda ao ambiente.

    Abraços!

    • britho

      Abraços!



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