PA-ssa-RÁ
O sopro da vida
Não é o sopro da partida
O canto de cá
Não sopra o canto de lá
Soprano
Sorrindo
Indo sem parar
Para lá (Pará).
Nas estâncias
Ser Parador
Nas estações
Ser canção
Ser trem
Ser trilho do bem
Sem Pará(ar)
Sem sentir dor.
O sopro
O vento vivo lento
E o teu sorriso dentro
Que parte sem nos deixar.
E à Estação das Docas
O Mangal e suas garças
A triste partida sem sua graça
E o teatro da paz
Que nos Abraça.
E, ao meio dia
Um suspiro em meio ao parque
A residência e o restô
E no vagão esquecido
Abriga o vento leve
O doce vento que restou.
Seguiremos adiante
Sentiremos passantes
Andarilhos
Nas estações avante
Trilhos
No embarque
Ou desembarque
A certeza
Seguiremos nós
Vagões a sós
Pois, o mesmo trilho da vida
É, também, o trilho da despedida.
Por:
Roberio Motta
Junho de 2020 Cariri, Ceará.
- Autor: Soldadinho do ARA-ARI-PE (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 13 de julho de 2020 19:18
- Comentário do autor sobre o poema: Uma homenagem ao colega da Federação Brasileira de Gastroenterologia-FBG e Comissão TEG Octávio Augusto Brito Gomes de Souza Júnior (1961*-2020•).
- Categoria: Amizade
- Visualizações: 43
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